O grupo no contexto da prestação de cuidados em demência

Ter ferramentas, como blocos de passatempos, manuais de estimulação cogntiva ou bingos adaptados, para usar em atividades de grupo, é importante.
Mas não chega. Não é suficiente.
Se não mudarmos a forma como pensamos e sentimos as pessoas a quem prestamos cuidados, nenhum material que possamos adquirir, alguma vez irá fazer diferença na vida dessas pessoas.
E é isso que desejamos quando escolhemos ser parceiros de cuidados de alguém que vive com demência:
Alguns exemplos para refletirmos:
– Quando faz sessões de grupo, quantas pessoas inclui?
– Como seleciona as pessoas ?
– Como as convida?
E, quando as pessoas se recusam a participar? Como reflete sobre isso?
Na última formação que dei a uma equipa de prestação de cuidados, foi-me referido que se faziam sessões de movimento com 28 participantes.
O que se pode esperar ( como resultado de uma atividade) quando se juntam 28 pessoas mais velhas,algumas com défice cognitivo e outras com outras patologias,num mesmo espaço, a realizar uma atividade? Acreditamos, mesmo, que fazer uma sessão ( seja ela de tipo for) com 28 participantes, é benéfico para alguém? Para quem facilita e para quem participa?
O grupo deve ser um espaço seguro, de partilha, de interação social que dá oportunidade aos seus participantes de se envolverem e de participar em atividades que lhes são significativas.
Antes de selecionar as pessoas que irão participar da atividade,reflita sobre o porquê e o para quê da atividade, para cada um dos participantes.
O que espera propiciar às pessoas que vão desenvolver a atividade em conjunto?
A Humanamente