Sentir-se em casa…
Como é que podemos ajudar uma pessoa que vive com demência a sentir-se mais em casa?
Para que alguém se sinta em casa, é preciso que se sinta incluído e esta inclusão pode “vir” através das atividades propostas e da forma como são propostas e através da relação que estabelecemos com as pessoas.
No entanto, não é fácil que as pessoas se sintam em casa quando estão institucionalizadas, até porque as pessoas que vivem em ERPI, muitas vezes não têm qualquer sentimento de pertença em relação ao espaço, aos equipamentos ou aos materiais- dizem muitas vezes, eu não estou na minha casa, nada disto é meu. Tendo em conta que, muitas das ERPIs em Portugal tem acima de 30 residentes, é compreensível que quem lá reside não sinta o espaço como um lar.
Deixamos aqui um desafio, para que torne os seus espaços, em espaços de ocupação:
Imprima os passatempos Humanamente e crie oportunidades para as pessoas se envolverem com estes desafios:
Tenha em cima de uma mesa alguns destes passatempos, um lápis e uma borracha ou um canetas e crie a oportunidade. Organize o contexto para que a pessoa, espontaneamente, o experiencie. As pessoas não têm que ter só atividades organizadas e com hora marcada, se o espaço for estimulante ( numa mesa os passatempos, noutro local jornais e revistas atualizados, noutro ainda, um cesto com novelos de lã ou com meias “desirmanadas” ) vão criando o hábito de se deslocar até ao local onde estão os jornais ou os passatempos. Inicialmente poderá existir alguma resistência, mas depois existe a apropriação do espaço, do material, da atividade….E aí, sim, as pessoas irão sentir-se em casa.